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UFG adota nova metodologia de análise da insalubridade

Em 17/05/22 11:26. Atualizada em 18/05/22 07:54.

Entre as novidades, uma comissão será constituída para avaliar os adicionais ocupacionais

Em atendimento a uma demanda histórica da categoria de servidores públicos, a Universidade Federal de Goiás (UFG) apresentou a proposta de uma nova metodologia a ser adotada para a avaliação dos adicionais ocupacionais. Entre os avanços, está a criação de uma comissão para a avaliação dos adicionais e a adoção do laudo ambiental dos setores de trabalho da universidade, que vai contribuir para a celeridade dos processos individuais dos servidores. As novidades foram apresentadas pelo engenheiro em Segurança do Trabalho e diretor da Diretoria de Atenção à Saúde do Servidor - DASS/PROPESSOAS/UFG, Marcel da Costa Amorim, que será o responsável pela aplicação da nova metodologia na UFG.

Insalubridade

 

A reitora Angelita Pereira de Lima destacou a importância do encontro, que reuniu representantes do Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (Sint-IFES-GO) e do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás. “Ele marca o período de efetivação da política de resolutividade do passivo acumulado do adicional de insalubridade na Universidade. Estamos implementando uma política de Saúde e Segurança do servidor, tendo como base a competência técnica para qualificar nossa equipe e uma metodologia mais atualizada. O objetivo é que a UFG não só resolva o seu passivo e fique em dia com as normas, mas se torne referência no que diz respeito à Saúde e Segurança do servidor”.

Assim como destacou o servidor Marcel Amorim, por trás de nomes como “insalubridade”, “periculosidade”, “irradiação ionizante”, “raio x” há um aspecto fundamental e prioritário que é a saúde do servidor. “Nesse sentido, eu trago para a UFG uma linha de pensamento construída há 12 anos dedicados à segurança do servidor, que é a compreensão de que minha função é salvar vidas”, afirmou. A metodologia proposta, segundo ele, visa não só a agilidade na produção dos laudos, mas também a melhoria nas condições de trabalho do servidor, e está vinculada à atuação direta da Medicina do Trabalho e da Engenharia de Segurança do Trabalho.

Nova metodologia - As novidades elencadas por Marcel Amorim durante o encontro e que fazem parte dessa nova proposta de metodologia de avaliação dos adicionais ocupacionais são: a constituição na UFG da Comissão de Avaliação dos Adicionais Ocupacionais, visando a execução e avaliação dos laudos técnicos; a produção de laudos ambientais específicos para os setores de trabalho da Universidade, no sentido de contribuir para dar uma maior agilidade na concessão dos adicionais individuais; elaboração de um cronograma de ação para a produção dos laudos ambientais; capacitação dos servidores; elaboração de procedimentos para que a medição química e física quantitativa dos ambientes possa ser realizada; convocação para a realização de exames médicos periódicos (que serão apenas para o acompanhamento do estado de saúde geral do servidor); elaboração em todas as áreas do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), onde se terá uma equipe que irá visitar os setores para a medição dos riscos e para o envio de equipamentos de proteção individual e coletiva.

De acordo com Marcel Amorim, especificamente sobre a elaboração dos laudos ambientais, a metodologia irá adotá-los buscando, assim, uma solução para garantir maior celeridade no retorno aos processos de adicionais ocupacionais. “Temos servidores esperando há muito tempo pela análise. E o laudo ambiental vai agilizar as concessões individuais, pois o processo pode ser avaliado com mais rapidez”, afirmou. Outro aspecto destacado pelo engenheiro de Segurança foi em relação ao acompanhamento do fluxo dos processos, alguns parados nas unidades de origem. Segundo Marcel, de acordo com um levantamento que fez, dos 158 processos de servidores novatos da UFG, grande parte estão parados nas unidades, pois retornaram por falta de documentação. “O processo não pode ficar parado na unidade, deve ser dado encaminhamento. Vamos retornar às unidades”, disse.

O coordenador do Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (Sint-IFES-GO), Fernando Mota, saudou a fala do servidor Marcel Amorim que, segundo ele, trouxe novas metodologias de trabalho. “Saúdo a fala que reforça o aspecto do cuidado à saúde do servidor, pois conhecemos vários casos de cenários inadequados ao trabalho e à saúde. Importante que esse cuidado e atenção com saúde dos servidores de fato ocorra, que a UFG realmente priorize de fato os equipamentos individuais em todos ambientes. Estamos lidando com vidas”, afirmou.

Representando o Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg), o professor João de Deus, relembrou que essa é uma demanda histórica da categoria e também apresentou entusiasmo com a vinda do engenheiro de Segurança do Trabalho, Marcel Amorim. “Espero que os embates sejam superados e prevaleça a preocupação com a saúde do servidor”, afirmou.

O pró-reitor de Gestão de Pessoas, Everton Wirbitzki da Siqueira, acredita que as mudanças propostas vão conferir um novo patamar na instituição no que diz respeito à saúde e segurança dos servidores. Tanto Everton Siqueira quanto o servidor Marcel Amorim se colocaram à disposição para tirar eventuais dúvidas junto à comunidade.